terça-feira, 31 de julho de 2007

Estás a ver o GAP - por Natália Amorim (GAP)

Oi pessoal!
Continuando nossa série de idéias, hoje coloco um texto na Natália Amorim, uma moça super legal, inteligente e traços fortes de liderança. Ela nos fala um pouco das suas percepções sobre o GAP - Grupo de Animação Pastoral. Um grupo que se reúne no Centro Juvenil Salesiano. Leiam e façam seus comentários.
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Estás a ver: o Grupo de Animação Pastoral - por Natália Amorim
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"Um grupo compromissado com os outros, sabendo a importância de cada um. Aqui cada momento é muito bom. Aprendemos sobre política, religião, história, sociologia, religião, liderança.
Vemos que a medida que o tempo se passa aprendemos mais e mais para podermos ensinar para os outros. Dia após dia aprendemos a valorizar cada minuto, cada palavra, cada gesto, cada reunião.
Podemos ver que estamos crescendo em sabedoria para que no futuro as pessoas possam ver tudo o que estamos aprendendo. Viver em harmonia, união , solidariedade, paciência, compromisso, responsabilidade, fidelidade, diálogo, pois assim temos que ser.
Aprendemos viver com outros jovens que creem no mesmo Deus, criador de todas as coisas.
vendo que precisamos dar valor a esse grupo a todos as pessoas que neles estão , pois não sabemos até quando vai durar, pois tudo um dia acaba.
É simplesmente amar sem reclamar, sem questionar, sem pensar , pois tolo é quem tem medo de amar, é enfrentar sem pensar que vai acabar.
É viver cada dia intensamente!"

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Estás a ver o Brasil - por Paulo Henrique (GAP)

Olá a todos!!!
Bom, a idéia agora é falar sobre como as pessoas estão vendo as coisas a sua volta. Para isso, vou iniciar uma série bem legal de idéias. E , para isso, vou contar com a colaboração de amigos meus . Jovens do GAP (Grupo de Animação Pastoral ). Um grupo de Jovens que se reúne no Centro Juvenil Salesiano.

A motivação para essa série veio de um encontro que fizemos no GAP onde ouvimos uma música do Rapper Gabriel, o pensador. A música se chama "Tás a ver" e faz um questionamento sobre como estamos percebendo o nosso mundo. Ela é bem interessante. Se quiser conhecê-la, Está disponível nesse link : http://vagalume.uol.com.br/gabriel-pensador/tas-a-ver.html

O primeiro dessa nossa série é o Paulo Henrique, um rapaz gente boa, instrospectivo mas que tem muito a dizer... Leiam e façam seus comentários.
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Estás a ver: O Brasil Por - Paulo Henrique
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As vezes acho que não tem recuperação, as vezes penso que nada vai mudar, só vejo ódio, mentira e corrupção.
Mas temos valores e não sabemos lidar com isso. Vejo várias pessoas querendo ser melhores que as outras, vejo feridas que não cicatrizam, mas não perco a fé. Vai ver que influencia por todos, todos lutando para tudo isso mudar, todos lutando para um esmo sonho.
Sem esperança não se vive.
Mas não podemos ficar parados, precisamos mudar nossa postura, precisamos acordar, chega de sonhar por um mundo melhor, devemos agir.
Sei que sempre tem barreiras, mas temos força de quebrá-los de, devemos nos unir, como dizem: a união faz a diferença, e a diferença só você pode fazer para um Brasil melhor!"

Como pensar uma educação diferente na atualidade? - Por Adriano Goulart*

Meus amigos, o tema agora é : educação. Para isso , achei interessante colocar um artigo que fiz para a pós-graduação que estou fazendo e gostei bastante. É simples, mas sintetiza um pouco do que penso sobre o assunto. Divirtam-se...

“Educar, processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano. Civilidade, polidez.” - Dicionário Aurélio.

A maior parte das definições contidas nos dicionários hoje sobre educação indica o conceito de desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas como parâmetro básico para a educação. Parâmetros esses que até pouco tempo, cerca de 30 a 40 anos tinham pouco espaço no questionamento dos processos de discussão e reflexão dos educadores da época. Talvez por que naquele momento a sociedade não tivesse respaldo técnico ou critérios suficientes para avaliar o desenvolvimento dos educandos, ou porque, o critério daquela época era atendido no que diz respeito aos resultados esperados do processo de formação educacional do indivíduo.

Certo é que as instituições educacionais anteriores a 1970 tinham como pilares modelos de educação tradicionais, com uma pequena parcela da população inserida, o que, de certa forma, atendia àqueles que faziam parte dos corpos discentes do momento.

No entanto, as transformações mundiais sem precedentes no que diz respeito as sociedades e conhecimentos humanos que vieram principalmente após a segunda guerra mundial no século XX , interferiram diretamente nos conceitos tradicionais ligados à área da educação e forçaram os profissionais a buscarem novos rumos para os processos educativos, visto que os paradigmas vigentes até aquele momento não mais se adequavam ao desenvolvimento das competências humanas e já não apresentavam resultados satisfatórios.

A partir de 1990, o que se vê são uma série de experiências educativas nos vários espaços da sociedade que buscam efetivar, complementar ou retornar de alguma maneira a credibilidade da educação, principalmente formal (feita em espaços físicos específicos, com conteúdo e temática pré-determinada e tempo de duração especificado anteriormente).

Aparecem nesses cenários as experiências feitas em ongs, ampliação de utilização de tecnologias de informação para educação à distância, novas experiências pedagógicas com intensiva metodologia baseada em experiências lúdicas, entre outras.

A educação passa a ser questionada pela sua eficácia. Já não há consenso nos critérios para se avaliar a qualidade do processo educativo. Sociedade, governos e profissionais em educação anseiam por um novo método educativo, que consiga a partir daí, contemplar o educando com um desenvolvimento cognitivo adequado, respeitando-se as individualidades, limitações e sobretudo, delineando nessa pessoa em formação, indicadores de um futuro mais estável, consciente e melhor. E que se paute pela diversidade.

É o que sintetiza o desejo coletivo, apresentado num poema publicado na Revista Mundo jovem em agosto de 2007:

“A escola que queremos - Sílvio Genro”

“ Quero uma escola
Que cante a democracia,
Resgate a cidadania
Dando voz a quem não tem ...
Uma escola que partilhe
Os frutos da educação,
Que conquiste corações
E consciências também!

Quero uma escola
Que espalhe esperança
Que cative a criança
Como quem cultiva flor...
Uma escola que abraça
Nossos sonhos, com carinho,
Que multiplique caminhos
No aprendizado do amor

Quero uma escola
Que mostre um rumo seguro,
Semeie estrelas no escuro
E lições de libertação...
Uma escola que devolva
A alegria esquecida
Que reivente a vida
Plena de participação!”


Um novo modelo educativo, deve ter capacidade de contemplar duas instâncias de educação: a intencional e a espontânea.

A primeira, que fundamentalmente está associada a educação formal, com temática em geral pré-instituída, cronogramas de atividades e resultados educativos bem definidos, no qual o educando ao término do processo educativo saia com uma parcela mínima de conhecimentos ou novas habilidades adquiridas.

Já a segunda instância, acontece em geral de maneira simples, sem um propósito específico, em que as pessoas aprendem através de vivências, relacionamentos e no seu próprio cotidiano. Onde a educação acontece de forma informal, passiva, e os resultados não são passíveis de mensuração.

Esse novo modelo deve significar na vida do educando, uma oportunidade de vivenciar experiências de maneira real, facilitando sua apreensão, mas que consiga encontrar parâmetros para a observação dos resultados e a consolidação dos mesmos de forma positiva.

Deve também ser inovadora porém preservar o que de bom já existe. As propostas que apresentam possibilidades muito radicais de mudança no processo educativo, correm o risco de partir do zero e em conseqüência, encontrar resultados evasivos e sem consistência.

Para finalizar, uma forma atual de educação deverá acontecer de fato, porém, deve ser discutida em suas especificidades em cada esfera da sociedade. Não deve ser totalitária, absoluta, nem massificadora, mas conter em seus elementos fundamentais, a possibilidade de atualização.

Referências:

BASTOS, Cláudio Rosa. Aspectos filosóficos da educação. Belo Horizonte: o autor, 2007. 2p.
CORTELLA, Mário Sérgio. Aprendendo na escola e na ONG. São Paulo: Encontro regional de educadores, 2002. p.91-102
CRITELLI, Dulce. A condição humana como valor e princípio para a educação. Cadernos Cenpec , v.2, 2006. p.43-48
DELIMINTAÇÃO do objeto próprio da filosofia. In. Domínio da filosofia. s.l: s.n, s.d . p.14-40
GENRO, Sílvio. A escola que queremos. Mundo Jovem. Porto Alegre, v.45, n.379, 2007. p.24