sábado, 29 de março de 2008

ENCONTRO DE CRISMA – 29/03/08 – SANTOS E MÁRTIRES DA IGREJA

(Catequistas responsáveis pelo encontro : Amanda e Adriano)

Roteiro do Encontro
Acolhida e Oração Inicial com música (Escutar Música : Sede Santos Vida Reluz)
Introdução do tema : Amanda
1) Definição de Santo/ santidade/ mártires...san.to, masculino
sagrado
separado
separado por
Deus
pessoa bondosa
pessoa que se
afasta do pecado
pessoa salva por
Jesus Cristo
pessoa que está praticando as obras de Jesus Cristo
qualquer pessoa que reconhece Jesus como Senhor e salvador
Crenças Populares
pessoa que viveu segundo a vontade de Deus
pessoa que foi canonizada após a morte
pessoa que está praticando as obras de cristo
pessoa que quando em vida realizava milagres
Historicamente, um mártir é uma pessoa que morre por sua fé
religiosa, pelo simples fato de professar uma determinada religião ou por agir coerentemente com a religião que possui.Do ponto de vista cristão e dentro do contexto do Novo Testamento pode-se dizer que mártir é aquele que preferiu morrer a renunciar à sua fé, por defender a veracidade do que consiste "a Palavra de Deus" entregando a própria vida para este fim, para que a essência desta verdade fosse preservada 2)passagens bíblicas relacionadas:

Romanos 8:30: “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”.

Santos - Bíblia Sagrada

1 Pessoas que buscam obedecer a vontade de Deus, seguir a seu filho Jesus Cristo = Cristãos, Discipulos, católicos, crentes, evangélicos, protestantes, carismáticos,seguidores de Jesus Cristo.
Atos dos Apóstolos 9:13 "E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; " (Referindo-se Paulo que perseguia aos que seguiam Jesus Cristo, chamados santos.)

2 Pessoas que foram escolhidas por Deus, ou seu Filho Jesus Cristo = Paulo, Pedro, Thiago, João, membros da igreja primitiva.Efésios 1:4 "Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;" (Paulo falando a igreja da cidade de Éfeso, citando ele e todos os membros da igreja como santos

3 Pessoas que fazem parte das igrejas cristãs = Cristãos, Discipulos, católicos, crentes, evangélicos, protestantes, carismáticos, seguidores de Jesus Cristo.
Romanos 1:7 "A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. " ( Paulo inicia uma carta aos "santos", ou seja, aos membros da igreja em Roma.)Romanos 15:25 "Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos." (Paulo se referindo aos membros da igreja em Jerusalém)


Estudo e debate ( Dividir os crismandos em grupos, lerem e partilharem o texto “A nova onda dos santos”) – Terminar em plenária.


Plenária do estudo do texto. (Adriano)
Finalizações
Avisos : missa da Crisma dia 05/04/08
Oração Final

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Disponível em : http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG69506-6014-358,00-A+NOVA+ONDA+DOS+SANTOS.htmlEpoca - EDG ARTIGO IMPRIMIR - A nova onda dos santos
REPORTAGEM DE CAPA A nova onda dos santos De Nossa Senhora a São Jorge, eles nunca foram tão cultuados - mesmo por aqueles que professam outra religião
IVAN PADILLA E FEDERICO MENGOZZI
Eles saíram dos altares das igrejas e dos oratórios das casas do interior para os grandes centros urbanos brasileiros. Estão em tatuagens, em medalhinhas e escapulários de modernos e escolados, em camisetas e calcinhas de grife, em biografias publicadas por editoras laicas. Mártires de uma causa, exemplos de vida e heróis da fé, os santos cristãos nunca foram tão cultuados - mesmo por aqueles que professam outra religião ou não seguem credo algum.
“Os santos estão na moda, viraram fashion”, explica a antropóloga Renata Menezes, autora do livro Dinâmica do Sagrado e pesquisadora da religião do Iser-Assessoria, um grupo de estudos católico. “Essa devoção nem sempre está necessariamente ligada à religiosidade.
As vezes, vem do simbolismo das imagens.” causas perdidas, Santo Antônio zela pelos casamentos, e Nossa Senhora, a figura mais forte do catolicismo depois de Jesus Cristo, representa proteção e esperança. A devoção aos santos, assim, se espalha até mesmo entre evangélicos, que em tese não reconhecem sua existência. “Todos esses conceitos se misturam.Estabelecer apenas um motivo de veneração é empobrecer a relação do crente com o santo”, explica Renata Menezes. Alguns santos, pelas características a eles atribuídas, são escolhidos pelos fiéis para reforçar a própria identidade.
Os santos católicos são venerados por diversas razões. Para muitos, são intermediários para falar com Deus. No passado, foram pessoas comuns, com fraquezas e defeitos, porém virtuosas e de conduta exemplar. Devido à própria trajetória, acabaram associados pela crença popular a alguma causa ou necessidade - dessa maneira, São Expedito atende aos pedidos urgentes, São Judas Tadeu cuida das causas impossíveis.
Mesmo tradicionalmente banida pelos credos protestantes como uma reação ao “marianismo” tão intenso da Igreja Católica, a figura da Virgem Maria mantém sua força em diversos segmentos do cristianismo. Em visita a hospitais, o teólogo Afonso Soares, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, já encontrou evangélicos com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida debaixo do travesseiro, escondida do pastor. Assim, não surpreende que a reação aos chutes que o pastor Von Helde, da Igreja Universal do Reino de Deus, deu na imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 1995, tenha sido imediata. Não foram apenas os católicos que ficaram indignados. Boa parte do repúdio partiu de setores evangélicos, já que muitos de seus integrantes são originários do catolicismo e a Virgem Maria faz parte de sua cultura. “No clima de disputa do mercado religioso, o carinho popular pelos santos católicos pode, facilmente, ser usado como vantagem”, diz Soares.
Nos Estados Unidos, provavelmente graças à migração de cerca de 8 milhões de hispânicos de formação católica para os credos protestantes, há um movimento de revalorização da figura da Virgem Maria.
Historicamente, Maria foi deixada em segundo plano na teologia, liturgia e devoção protestantes, que sempre se concentraram em Jesus. Hoje, essa postura está mudando, e são cada vez mais freqüentes as referências positivas àquela que é considerada a primeira discípula de Cristo e que, com a aceitação da vontade divina, tornou possível sua vinda. Segundo o pastor luterano Mozart Noronha, do Rio de Janeiro, não havia nenhum motivo, a não ser talvez o anticatolicismo, para diminuir sua presença. “Houve um quase desrespeito em relação a Maria.
Na ânsia de rejeitar o catolicismo, jogaram o bebê junto com a água suja, negando o que havia de bonito na tradição católica”, avalia Noronha. Para o pastor, os luteranos reconhecem que Maria tem uma participação fundamental na revelação de Deus e o próprio Martinho Lutero, que, no século XVI, iniciou a revolução protestante, escreveu um texto em que a louva. “Ela tem de ser resgatada”, pondera. O pastor batista Israel Belo de Azevedo, também do Rio, concorda com a revalorização da figura da mãe de Cristo, mas não com o papel que ela ocupa no culto católico, “quase como se fosse a quarta pessoa da Trindade”. Belo já escreveu oito mensagens sobre Maria e tenciona abordar sua figura em outros escritos. Acha que ela deve ser colocada como uma “figura central no processo salvífico, mas como uma figura humana, que viveu e morreu” (diferentemente do dogma da Igreja Católica, segundo o qual ela ascendeu aos céus).
Assim como os fiéis de determinados setores do protestantismo revalorizam a imagem de Nossa Senhora, seguidores de outros credos também cultuam os mártires da igreja. A devoção indiscriminada se explica em parte pela tradição brasileira do sincretismo religioso. Muitos santos encontram correspondentes na umbanda e no candomblé e são adorados por budistas, kardecistas e mesmo ateus.
O papa João Paulo II canonizou 482 santos em 26 anos, uma cifra maior que a somada pelos 5 pontífices anteriores. Foram 482 canonizações, mais do que as feitas por qualquer um dos 263 papas anteriores. Muitos foram chefes de congregações, como os espanhóis Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei, movimento apostólico conservador, e Angela de la Cruz, da ordem das Irmãs da Companhia da Cruz. A proclamação muitas vezes tem uma função ideológica para ressaltar posições da Santa Sé sobre determinados assuntos.
Com o objetivo de espalhar exemplos de conduta pelo mundo, o Vaticano simplificou, em 1983, os trâmites de santificação. As dioceses passaram a contar com tribunais eclesiásticos independentes para checar informações e entrevistar testemunhas. Para obter a beatificação, o candidato deve ter realizado um milagre. Com dois milagres, pode ser canonizado e virar santo. Toda a documentação é avaliada na Congregação para a Causa dos Santos, o órgão especializado do Vaticano. Assim, os novos santos não são mais apenas padres ou freiras, mas também negros, índios e ciganos. Graças à descentralização do processo, o Brasil ganhou, em 2002, sua primeira e única santa até agora, Madre Paulina. Frei Galvão, aquele das pílulas prodigiosas, pode ser o próximo da lista.
Alguns setores da Igreja Católica assistem com preocupação à proliferação do culto aos santos. Existe o receio de que a adoração às imagens esvazie os bancos das paróquias. O temor se justifica pelos números. Enquanto a devoção pelos santos cresce, o número de católicos diminui. Em dez anos, passou de 91% da população brasileira para 72%. Desse total, apenas 18% são praticantes. “Diz o ditado: muito santo, pouca missa; muita reza, pouco padre”, lembra o teólogo Fernando Altemeyer, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
“O Brasil foi colonizado nos primeiros séculos com poucos padres. O povo se acostumou a rezar em casa, e isso explica a veneração pelos santos.” Altemeyer não vê essa devoção como uma ameaça à instituição católica. “Isso apenas demonstra o vigor da fé popular”, afirma. “Toda oração tem seu valor, toda casa é de Deus.” #Q:A nova onda dos santos - continuação:#
Santos mais populares:Campeões de popularidade Os santos de maior devoção são aqueles ligados a alguma causa ou necessidade.
Santa Rita de Cássia Viúva, quis tornar-se freira, mas foi recusada por não ser mais virgem, no século XIV. Outros santos arrombaram a porta do convento para ela entrar. E a santa das causas impossíveis e das -‘ viúvas (22 de maio)Santa Edwiges Foi uma duquesa muito rica do século XII. Usou seu dinheiro para ajudar pessoas com necessidades. Santo Antônio Filho de um nobre português do século XII, tornou-se franciscano. Pregou em muitos lugares e foi autor de diversos milagres. Santo dos casamentos e do amor, traz felicidade (13 de junho) Santo Expedito O santo teria outro nome. Martirizado e morto em Roma, seus restos foram despachados em um caixão com a mensagem espedito - urgente, em latim. Tornou-se por isso o santo da hora (19 de abril) São Judas Tadeu Era primo e apóstolo de Jesus. Confundido com Judas Iscariotes, foi negligenciado por muito tempo. Como ficou ocioso, na lógica os fiéis, pode agora cuidar das causas perdidas (28 de outubro)São Jorge Não é certo que tenha existido. Foi provavelmente um soldado do século IV. Ele teria enfrentado um dragão para socorrer a filha de um rei. Na Europa, é o padroeiro dos enamorados (23 de abril)São José Marido da Virgem Maria e padrasto de Jesus, descende da casa real de David. Estudiosos acreditam que ele tenha morrido antes da Paixão. Zela ela saúde do corpo e protege a família (19 de março) São Francisco de Assis Filho de um rico comerciante de sedas entre os séculos XII e XIII, fundou a Ordem dos Franciscanos, que faz voto de pobreza. E também padroeiro da natureza (4 de outubro)São João Bosco. O santo dos jovens. Viveu no século XIX, na Italia. Nasceu em 1815 e lutou muito pela causa dos jovens. Fundador da Congregação Salesiana. Sua festa é comemorada no dia 31 de janeiro.
Tarefa:
1. O grupo deverá escolher uma parte do texto que achou interessante para comentar na plenária.
2. O grupo deverá preparar uma pergunta para ser discutida na plenária.

terça-feira, 25 de março de 2008

ORAÇÃO DO ATLETICANO


POR ROBERTO DRUMMOND

Senhor:
apaque o sol
apague a lua
anoiteça os olhos da amada
mas não deixe o Atlético capitular
não neixe, Senhor, o adversário passar
não deixe nosso goleiro vacilar.
Dê asas de pássaros ao goleiro
dê os braços dos amantos
ao goleiro

faça-o abraçar esse pássaro
sem asas
como se fosse a mulher mais esperada
mais desejada
mais sonhada
mais amanda
mais adiada.

Senhor:
tire o pão nosso de cada dia
corte nossa água
nos condene à fome e à sede
poríba nossos amores
exigle as amadas na China
ou na Conchinchina
decrete a solidão
nas esquinas, nos bares e
em nosso coração
faça de nós, Senhor,
um bolero
faça de nós um tango
faça de ós uma guarânia
ou uma balada
faça de nós a mais desesperada canção
nos mate não apenas da sede de água
mas da sede
da boca da amada

mas transforme nossa defesa
num muro
numa barreira
numa trincheira
num obstáculo intransponível
Mate a todos nós
da fome de amor
que é pior que a fome de verdade
mas não deixe, Senhor,
o adversário passar.

Senhor:
dispare a inflação
mingue nosso feijão
aprisione nossa ilusão
prenda de vez nosso coração
mas espalhe luz
sobre os caminhos do Atlético
sobre a grama verde onde pisam
nossos heróis.

Acenda uma estrela na chuteira deles
e não deixe, senhor, o adversário passar.
Não deixe o Atlético capitular.
Senhor:
nos faça descobrir o amor
para depois tirá-lo de nós.
Faça-nos sofrer de amor
mate-nos de amor, se preciso
mas quando nosso atacante pegar a bola,
Senhor,
iluminado seja o seu caminho
cheio de estrelas e de dribles
e de passes mágicos e de cruzamentos
e de gols
seja feito o seu caminho
encantada seja sua chuteira
e que nos seus pés
na sua cabeça
bendita seja a vitório do Atlético.
E depois de tudo, Senhor,
depois que o Atlético cantar
aí, Senhor, se julgar necessário
nos tomar algum fruto
após tanta recompensa
prive-nos de tudo que quiser
exile a amada no Equador
e, outra vez, Senhor
nos mate de amor,
mas não deixe o adversário passar.

domingo, 23 de março de 2008

RESSUSCITOU DE VERDADE!

Cantai , cristãos final: "Salve o vítima pascal!"
Cordeiro inocente, o Cristo, abriu-nos do Pai o aprisco.
Por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado.
Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte.
O rei da vida, cativo, é morto, mas reina vivo!
Responde pois, ó Maria: no teu caminho o que havia?"
Vi Cristo ressucitado, o túmulo abandonado.
Os anjos da cor do sol, dobrado ao chão o lençol...
O Cristo que leva aos céus, caminha à frente dos seus!
Ressucitou de verdade. Ó Rei, ó Cristo, piedade!
Pascoa do Senhor. Ano Domini 2008!

sábado, 15 de março de 2008

ENCONTRO DA CRISMA - 15/03/08 - CLEDINHA E GABRIELA

à Um canto  ( animado )

à Dinâmica -  vamos dividir a turma em cinco grupos. Cada grupo terá uma atividade distinta das dos demais. As regras e explicações das atividades serão entregues em envelopes fechados, os quais só poderão ser abertos após o cumprimento da tarefa.

 

1° mímica de um trecho bíblico escolhido por eles.

2° Teatro

3° Compor e apresentar uma música

4° Contar uma história

5° Coreografia - inventar e apresentar para turma

 

Seria interessante: enquanto os Crismandos preparem as brincadeiras nós catequistas tentássemos tirar a concentração deles. Musica, conversas etc.

 

Explicamos a relação das brincadeiras com os dez mandamentos.

 

 Leitura bíblica sobre os mandamentos.

        Ex. 20,1-17

 

 Explica a situação em que foram escritos.

 

Conversaremos sobre os mandamentos na atualidade.

 

 

Brincadeira em dupla: cada um escolhe uma "coisa" para o outro fazer.

 

Explicaremos a relação desta brincadeira com os mandamentos no Novo Testamento.

"AME A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E O PRÓXIMO COMO A TI MESMO"

Trecho de Mateus 22, 37-40.

 

Avisos: deveremos conversar sobre os avisos antes de repassá-los.

·        Missa dia 05/04

·        A ausência da Mirian

·        Idéia do bazar

 

 

Oração final focalizando Mt 22,27-30.

 

 

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Vocês deverão fazer uma mímica.

 O tema será a Parábola do Servo Cruel. 

Texto: Mateus 18, 21-35.

Regrasà  terá que falar da parábola toda, mas esta parte será a principal:

Uma pessoa (servo), deverá prostrar-se diante de outra (senhor) e mostrar os bolsos vazios.

A turma deverá adivinhar em menos de 3 minutos.

 

 

 

Vocês deverão fazer um teatro.

 

A peça é será de comédia:

Tema: o último aumento do salário mínimo.

Sejam criativos e persuasivos.

 

 

 

Vocês deverão compor e apresentar uma música.

Tema: A amizade

Regras: Fiquem a vontade na escolha da letra e ritmo.

Sejam fieis ao tema proposto

 

 

Vocês deverão contar uma historia infantil.

 

Tema: meio ambiente.

Regras: sejam criativos e persuasivos.

 

 

 

 

 

Vocês deverão fazer uma coreografia

 

Tema : A coreografia devera lembrar a criação do mundo .

Regras : todos os integrantes do grupo devera dançar.

Sejam criativos

 

 

 

 

 

Isto será colocado dentro de envelopes lacrados.

 

 

à Acolhida

à Oração

 

 

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Lembrança da Crisma

Encontro dia 15/03/08

Mt. 22, 37-40

37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.

38 Este é o grande e primeiro mandamento.

39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.

40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

 



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sexta-feira, 7 de março de 2008

TEORIA DA INFORMAÇÃO - ARTIGO

INFORMAÇÃO - ESSE OBSCURO OBJETO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

Lena Vania Ribeiro Pinheiro
IBICT/Coordenação de Ensino e Pesquisa, Doutora em Comunicação e Cultura, UFRJ/ECO

RESUMO

Discussão teórica e conceitual de informação, objeto de estudo da Ciência da Informação, nas suas diferentes abordagens, sobretudo as cognitivista, econômica, gerencial e política. São enfatizadas as relações e distinções entre dado, informação e conhecimento, bem como os contextos e aplicações de informação e suas características de transversalidade e interdisciplinaridade. A informação integrada aos conceitos da área e os seus múltiplos atributos são analisados segundo os teóricos e horizontes epistemológicos da Ciência da Informação.

Palavras-chave: Ciência da Informação, Informação, Conceitos e teorias de informação

 

ABSTRACT

Theoretical and conceptual discussion of information – entity of studies of Infomation Science - in its different approaches, mainly Cognitive, Economicist, Managerial and Political. Emphasis is given to relations and differences among data, information and knowledge, as well as to the contexts and applications of information and its characteristics of transversality and interdisciplinarity. Information integrated to the concepts of the Area and its multiple attributes are analyzed accordingly to the theoretical and epistemological horizons of Information Science.

Keywords: Information Science, Information, Concepts and theories of information


 
Informação e Ciência da Informação

Informação é tradicionalmente relacionada a documentos impressos e a bibliotecas, quando de fato a informação de que trata a Ciência da Informação, tanto pode estar num diálogo entre cientistas, em comunicação informal, numa inovação para indústria, em patente, numa fotografia ou objeto, no registro magnético de uma base de dados ou em biblioteca virtual ou repositório, na Internet.

Todos os campos do conhecimento alimentam-se de informação, mas poucos são aqueles que a tomam por objeto de estudo e este é o caso da Ciência da Informação. Por outro lado, esta informação de que trata a Ciência da Informação movimenta-se num território multifacetado, tanto podendo ser informação numa determinada área quanto sob determinada abordagem.

No primeiro caso, a informação depende do contexto (científico, tecnológico, industrial, artístico, cultural, entre outros) e corresponde às aplicações, assim chamadas na literatura norte-americana, ou transversalidade, qualidade da informação de perpassar todas as áreas. Ou informação especializada, em Medicina, por exemplo, num setor como o industrial, ou servindo aos habitantes de uma cidade, de um bairro ou de um indivíduo participante de algum movimento social.

Esta característica é distinta da interdisciplinaridade, de caráter epistemológico e que pode ser traduzida, sinteticamente, como "diálogo de disciplinas" (Japiassu,) ou a apropriação mútua de metodologias, princípios, teorias, conceitos e construtos entre duas ou mais disciplinas. No segundo caso, os enfoques vão desde o cognitivista, que relaciona informação a conhecimento, administrativo ou gerencial, no qual a informação para tomada de decisão; econômico, quando informação é mercadoria ("commodity") e adquire valor agregado e serve para a ação, numa visão mais política e social, na formação da cidadania.

A informação como objeto da Ciência da informação não é uma certeza para Wersig e Nevelling, (1975), na medida em que é "um possível objeto..." e o termo, marcado por ambigüidade, "é o mais extremo caso de polissemia na comunicação técnica da informação e documentação". Esses teóricos identificam pelo menos seis abordagens no conjunto de disciplinas, cada uma justificada e caracterizada dentro da "estrutura geral de relações entre os seres humanos e o mundo": abordagem estrutural (orientada à matéria); abordagem do conhecimento; abordagem da mensagem; abordagem do significado (orientada à característica da mensagem); abordagem do efeito (orientada ao receptor); e abordagem do processo.

Wersig e Nevelling (1975) observam que, se não podemos evitar o termo informação, conforme propõe Fairthorne, "temos que deixar claro, a todo instante, o que significa".

Assim, informação, por ser objeto de estudo da Ciência da Informação, permeia os conceitos e definições da área. E, embora informação não possa ser definida nem medida, o fenômeno mais amplo que este campo do conhecimento pode tratar é a geração, transferência ou comunicação e uso da informação, aspectos contidos na definição de Ciência da Informação. Por outro lado, deve ser explicitado que, embora haja relação profunda entre conhecimento e informação, os dois termos são distintos, portanto, não são sinônimos e, na literatura, esta é uma questão recorrente.

A proposta do presente artigo é discutir teórica e conceitualmente as diferentes abordagens de informação, problematizar os seus múltiplos atributos, confrontando distintas correntes de pensamento, em texto sintetizado de um capítulo da tese de Pinheiro (1997), com breves complementações e atualizações.

 

Conceitos e definições de Ciência da Informação em torno de atributos da informação

Em seu artigo Informática, Foskett (1973) se opõe aos que reduzem as questões intelectuais à pergunta e resposta e à coisificação da informação em bem de consumo, e cita a afirmativa de Glass (1970) sobre ciência, educação e sociedade: "Dados e fatos por si só não constituem conhecimento, no sentido de compreensão. A informação é necessária, mas observações devem se adequar aos conceitos e esquemas conceituais, ou paradigmas... O estudo de uma ciência deve penetrar além de seus dados e leis e abranger também seus métodos de indagação e seu processo histórico".

O conceito de informação científica aparece com muita freqüência e precisa ser compreendido nos seus diferentes matizes. Para Mikhailov, Chernyi e Giliarevski (1969), por exemplo, não é "... tal qual atributo de uma respectiva ciência ou disciplina..." e sim aquela "... usada, no caso, para significar a informação lógica obtida no processo de cognição que adequadamente reflete leis do mundo material e atividades espirituais de experiência humana e é utilizada na prática sócio-histórica". A estrutura e as principais propriedades da informação científica são abordadas pelos mesmos autores, em 1975, num artigo publicado no Brasil, em 1980, e fruto do Comitê de Estudos sobre Pesquisa da Base Teórica de Informação, da FID, do qual Mikhailov era presidente.

Ao analisar a relevância de Mikhailov para a Ciência da Informação, Roberts (1976) faz a ressalva de que embora não se possa ignorar a sua influência de "proeminente autoridade" na definição da área, quando associa o fenômeno informação unicamente à sociedade humana, Mikhailov o restringe à comunidade científica e sua definição exclui "estudos de processos de comunicação dentro de grupos não-científicos..." No entanto, é oportuno lembrar o significado mais amplo de científico para a cultura russa.

Nos Estados Unidos, um artigo emblemático sobre a "Ciência da Informação e o fenômeno da informação" é elaborado por Belkin e Robertson, (1976), do qual se origina a famosa definição de "informação é o que é capaz de transformar estruturas", aprofundada no tópico 3 deste trabalho.

Em sua revisão, o já citado Roberts (1976) inclui trabalhos de Yovits, um em colaboração com Whitemore (1969), e critica as idéias desses dois autores porque "a introdução da tomada de decisão na definição não somente restringe os horizontes sociais da Ciência da Informação, mas também cria problemas adicionais de definição e medida". O nosso entendimento é o mesmo, pois esse enfoque canaliza o conceito somente para tomada de decisão, fator mais relacionado a sistemas de informação gerencial, gestão da informação e inteligência competitiva, a última sem dúvida uma disciplina da Ciência da Informação, mais nova e hoje florescente, entre outras vertentes da área.

Mas os problemas básicos da informação não são novos, tanto que Brookes (1980) afirma que existem muito antes, e retrocede à teoria de Platão, através da Epistemologia ou da Teoria do Conhecimento, na qual identifica, no conceito de informação, "dificuldades peculiares para os cientistas teóricos.." e mesmo para o senso comum, porque informação é uma entidade que pervaga todas as atividades humanas. O problema maior está em observar isoladamente os fenômenos de informação "..com o tipo de detalhamento que a investigação científica tradicionalmente demanda". A questão crucial é superar a separação de efeitos objetivos de efeitos subjetivos porque, diferentemente das ciências naturais, "nas ciências sociais não podemos presumir que o comportamento humano não seja afetado pela observação ou pelas reações inconscientes do observador em relação ao comportamento daquele que ele observa". As ciências sociais enfrentam esse problema, mas não corajosamente ( Brookes, 1981).

Especificamente sobre a questão, Farradane (1980) refere-se ao conhecimento, quando selecionado e traduzido por seu gerador numa linguagem (informação), afetada por restrições de linguagem e qualquer distorção originada da compreensão imperfeita de seu gerador, tal como a noção de ruído, de Shannon. São necessários, em todos os estágios da Ciência da Informação, estudos experimentais que identifiquem medidas confiáveis e meios de controle de erros e distorções.

No início dos anos de 1990, na Conferência sobre Perspectivas Históricas, Empíricas e Teóricas da Ciência da Informação, realizada em Tampere, na Finlândia, em 1991, cujos anais foram publicados em 1992, trabalhos apresentados abordaram informação, uns pela sua natural inclusão em estudos teóricos e epistemológicos da área, entre os quais os de Brier, Frohman, Miksa, Hayes e Davenport, os dois últimos tratados no próximo tópico.

O tema central do artigo de Brier (1992) é a idéia da unidade da Ciência da Informação, na perspectiva da Filosofia da Ciência e o autor enfatiza ser fundamental saber, "deliberada e sistematicamente" qual o significado de conceitos como conhecimento, informação, inteligência e especialidade. Alguns pressupostos norteiam o seu pensamento como, por exemplo, o significado de informação, compreendido somente num "...contexto sócio-cultural e na perspectiva histórica" e considerando a linguagem, porque é o comportamento social humano que determina o significado de seu conceito.

A análise do discurso da Biblioteconomia e Ciência da Informação é realizada por Frohmann, (1992), considerando "informação como 'commodity', pessoas como consumidores de informação identificáveis, dentro de condições de economia de mercado".

O estudo apresentado por Francis Miksa (1992) trata de dois paradigmas da Biblioteconomia e Ciência da Informação: primeiro o da biblioteca como instituição social; o segundo, do movimento da informação como um sistema de comunicação humana, este último de interesse direto para este trabalho.

 
Informação: conceitos e definições no tempo e espaço

Um início de questão pode ser a etimologia da palavra informação, do latim formatio, "de representar, apresentar, criar uma idéia ou noção" ou "dar forma, ou aparência, pôr em forma, formar" alguma coisa (Zeman, 1970). Interpretamos que, no primeiro caso, é uma definição aberta e, no segundo, fechada, o que atende às diferentes aplicações da área.

Na verdade, cada campo tem seus conceitos, de acordo com a compreensão e concepção de informação na área, daí a miríade de definições; não por acaso Heinz von Foerster a rotula "camaleão intelectual" ( apud Bougnoux, 1995).

Um livro que contém alguns conceitos básicos é o de McGarry (1984), no qual é apresentada uma série de definições, em diferentes áreas, de autores como Shera, McLuhan, George Miller, McKay, Belkin, Shannon e Weaver, e Becker, de onde são por ele extraídos atributos, alguns abordados neste artigo.Tal como outros teóricos, uma das distinções que McGarry estabelece é entre dado e informação, sendo o primeiro a "matéria prima a partir da qual se pode estruturar informação" e a segunda, "mais complexa e estruturada do que dado".

Na literatura da área temos observado, freqüentemente, a utilização do termo conhecimento como sinônimo de informação, o que não deveria ocorrer, pois, como foi ressaltado no início deste artigo, o primeiro é objeto de estudo de outros campos, embora haja relação entre ambos.

Para estudarmos as distintas visões de informação, outro ponto de partida pode ser a Teoria matemática da comunicação ou Teoria da informação, de Shannon e Weaver (1949) que, com maior ou menor intensidade, está presente nas formulações teóricas sobre informação. Embora haja questionamentos sobre se sua influência trouxe, por si só, contribuição para a Ciência da Informação, uma das apontadas foi ter dado autonomia, ou melhor, tê-la libertado do suporte, maneira tradicional de se pensar a informação,

É oportuno esclarecer que, diferentemente da Ciência da Informação, a teoria da informação não se refere a significado, até porque seu principal criador, Shannon, engenheiro da Bell Company, estava preocupado com a solução de problemas de otimização do custo da transmissão de sinais. Mas o seu sistema de comunicação (fonte de informação, mensagem, transmissor, sinal, sinal recebido, receptor, mensagem e destino) e alguns conceitos como ruído são úteis para a Ciência da Informação e a influenciaram.

De certa forma, o sistema de recuperação da informação e as medidas adotadas na área têm relação com estas noções, pois a revocação corresponderia ao ruído, incerteza e volume de informação maior, embora não pontual, inversamente à precisão.

A partir da teoria da informação e da cibernética, o debate mundial sobre informação na ciência contemporânea ficou mais intenso e entre as muitas abordagens existentes, algumas são aqui mencionadas, pela sua importância.

A primeira nos leva a compreender a informação como termo filosófico e não somente matemático pois, segundo Zeman (1970), "não está apenas ligada à quantidade, mas também à qualidade que, aliás, tem conexão com ela" portanto, "não é apenas uma medida da organização, é também a organização em si, ligada ao princípio da ordem, ao organizado - considerado como resultado - e ao organizante - considerado como processo" e está associada a espaço, tempo e movimento e não existe fora do tempo, fora do processo. (Zeman,1970).

Outro trabalho importante, para o debate dos conceitos de informação, é o de Goldman (1970) sobre o conceito de "consciência possível" na comunicação, fundamentado no marxismo, na distinção entre consciência real e consciência possível, em relação à consciência de classe.

Especificamente na Ciência da Informação, muitos pesquisadores têm estudado informação e podemos considerar entre estes, um dos principais, Tefko Saracevic (1970), por sua significativa contribuição teórica à construção do conceito de relevância, fundamental na comunicação entre indivíduos e destes com os sistemas de informação. Relevância é usada "no contexto de sistemas de informação, em particular, e nos processos de comunicação em geral", nos quais a informação "tem muitas propriedades associadas, e relevância é uma das mais importantes." Todavia, se considerarmos que o objetivo de todo e qualquer sistema, rede ou centro de informação ou serviço é alcançar relevância nas informações oferecidas aos seus usuários, este é um problema crucial da Ciência da Informação, mesmo sabendo que a relevância será sempre relativa, ou melhor, a relevância possível.

Relevância está associada ao fornecimento de informação a tempo, regularmente, de forma efetiva e eficiente, capaz de eliminar informação não relevante pois "se não é relevante, não é informação" e (Saracevic,1970) a traduz como "uma medida de contato efetivo entre a fonte e o destinatário" e um dos seus enfoques é o de distribuições relacionadas à relevância, ou melhor, a Bibliometria.

O autor encerra o seu trabalho afirmando que os estudos de relevância têm por objetivo evitar a não-relevância, torná-la suportável, uma vez que não pode ser eliminada e que, embora a tecnologia da informação venha avançando cada vez mais, infelizmente os sistemas de informação alcançam cada vez menos comunicação (Saracevic,1970), problema que mais de vinte anos depois, com a Internet, se agravou.

Cuadra (1966) é um dos primeiros a ressaltar não haver "...concordância clara sobre o significado da palavra informação, particularmente se implica no ato criativo do intelecto ou uma 'commodity' que pode ser incorporada a um documento, transportada e intercambiada."

A cadeia de conceitos já mencionada - dado, informação e conhecimento - é estudada por Hoshovsky e Massey, (1969) que consideram impossível pensar num desses conceitos sem a compreensão dos outros dois. Dados "denotam fatos não avaliados para qualquer uso específico. São passíveis de ser avaliados para validação". Informação é "o dado mais a avaliação para uso futuro antecipado", enquanto conhecimento, segundo conceito citado de McDonough, "equivale ao termo informação comumente usado na discussão técnica". Assim, informação é "...o processo que ocorre, na mente humana, quando um problema e um dado útil para sua solução estão juntos numa união produtiva." (Hoshovsky e Massey,1969).

Sobre as funções da informação, Foskett (1970) esclarece que não cabe saber se a informação é falsa ou verdadeira, e sim se é relevante ou pertinente. Na sua definição, informação "...exige processamento da mente humana antes de passar a fazer parte de um modelo ou paradigma passível de conformidade".

A contribuição expressiva de Mikhailov é aqui retomada, cuja discussão sobre informação é iniciada pelo âmbito da Ciência da Informação, que não trata de todos os tipos de informação, de informação em geral..Conseqüentemente, "quanto maior o nível de hierarquia, mais específica a estrutura de informação científica." (Mikhailov, Chernyi e Gilyarevsky, 1975).

Na explicação sobre informação, Mikhailov e colaboradores (1975) tomam por base um esquema de classificação dicotômica: científica, não-científica, semântica, não-semântica e social e não-social. A informação científica e de natureza ideal (não-material) não pode existir sem algum revestimento material, nem pode ser separada de seu suporte físico". Esta visão de informação atrelada ao suporte foi rompida com a Teoria da informação, conforme já mencionamos.

.O objetivo do estudo de Belkin e Robertson (1976), abordado inicialmente, foi "determinar o fenômeno fundamental de interesse para a Ciência da Informação" relacionado à estrutura, para os autores uma categoria, mais do que um conceito, de aplicabilidade universal, no sentido de que todas as coisas têm estrutura. A noção básica para todos os usos de informação é a idéia de estrutura sendo modificada e os autores reconhecem a sua amplitude, pois "contém muitas noções para as quais o termo informação jamais foi usado". Informação pode ser caracterizada pelo seu espectro: infra-cognitiva (hereditariedade, incerteza e percepção); cognição individual (formação individual do conceito e comunicação inter-humana); cognição social (estruturas sócio-conceituais) e meta- cognitiva (conhecimento formalizado), de acordo com Belkin e Robertson (1976).

Das pesquisas apresentadas na Conferência de Tampere são aqui analisadas as de Hayes, dos Estados Unidos, e a de Davenport, da Grã –Bretanha, com o propósito também de comparar os enfoques norte-americano e o europeu.

O primeiro trabalho, de Hayes, (1992), parte da seguinte definição de informação: "...propriedade de dados (isto é, símbolos registrados) os quais representam (e medem) efeitos de seu processamento". O autor trabalha as relações entre termos significativos, assim esquematizados: fato (aspectos do fenômeno), dado (representação), informação (processamento do dado), compreensão (comunicação), conhecimento (integração e acumulação) e decisão (uso da informação). O ponto crucial neste processo é a representação, tratada segundo o uso de dados para representar fatos, para registrá-los e derivar informação (Hayes, 1992).

Conhecimento também tem, segundo o autor, uso excepcionalmente difuso, mas a diferença entre ser informado e ter conhecimento é que o primeiro, como algo externo, pode ser recebido, e o segundo, interno, não pode ser recebido e é criado internamente. As suas conclusões são canalizadas para as relações entre comunicação e informação, onde são caracterizadas a "comunicação inteligente "e a "comunicação interativa", por ele explicitadas. (Hayes, 1992).

A outra comunicação do referido evento, de Elisabeth Davenport, (1992) foi selecionada, além das razões já explicitadas, porque trata, numa perspectiva ampla, da Ciência da Informação e seus objetos, tomando como base "a representação física de conhecimento". A autora adota o conceito de "ecologia da informação" para descrever as estruturas e regras que moldam a comunicação nos níveis micro e macro, sempre baseadas no contexto. Para ela existem muitas "ecologias de informação", tantas quanto as perspectivas e é importante que os objetos de estudo sejam estabelecidos em sistemas apropriados. (Davenport,1992).

Encerra o presente trabalho um artigo de Michel Menou, (1995), decorrente de pesquisa sobre impactos da informação, desenvolvida num projeto internacional, no IDRC- International Development Reserch Center, do Canadá.

Menou traça, numa tentativa de retratar o uso real da informação, um quadro com as externalidades e internalidades que interferem no uso da informação. O autor considera principalmente a base interna de conhecimento, seja intelectual ou coletiva, que deve ser combinada com os recursos interiores e é influenciada por fatores como personalidade, cultura, emoção, lógica, inteligência, esta última diferenciada, de acordo com Brookes (1980 apud Menou).

O processo de transformação e condução da informação, do dado à informação, do conhecimento ao saber, envolve seis tipos de atividades principais: aquisição; processamento material ou físico; processamento intelectual; transmissão; utilização; e assimilação e "todos os processos, fontes e estados interagem constantemente e são interdependentes. A passagem de informação para conhecimento corresponde à informação compreendida e assimilada e há necessidade de a comunidade de Ciência da Informação estudar os atributos do saber nessa passagem de conhecimento para saber" (Menou,1995).

O autor traçou um mapa das dimensões da estrutura paradigmática: informal-formal; endógena-exógena; residente-circulante; inconsciente-consciente; antiga - recente; estável-mutante; e de múltiplos propósitos-propósito único. Para Michel Menou (1995) todas as dimensões são relevantes em qualquer contexto particular e podem existir outras para casos particulares, o que o faz concluir pela necessidade de pesquisas empíricas sobre a questão.

 
O lugar da informação nas discussões atuais.

Nas décadas de 1960 e 1970, proliferaram estudos teóricos e empíricos, numa fase em que a Ciência da Informação emergia, a maioria relacionada a definições e conceitos da área e ao seu objeto de estudo - a informação. Diferentemente, nos anos 1980 e 1990 essas pesquisas declinaram, o que pode ser decorrência do reconhecimento da ciência da Informação como campo do conhecimento ou de certa consolidação conceitual. Nesse período, destacamos Buckland (1998), estudioso da História da Ciência da Informação que retoma a discussão de documento, no seu significado e limites, considerando este conceito importante para qualquer definição e escopo de Ciência da Informação, bem como de sistemas de informação. Na "reconstrução" do pensamento de Otlet (objetos como documentos) e de Briet (documento como evidência física) contrapõe a visão ampla do primeiro, às idéias mais restritas de outros especialistas. Buckland analisa noções próximas a de documento, como "cultura material", da Antropologia cultural e, na Semiótica, "objetos como signo". Por outro lado, aponta a multimídia e as tecnologias de informação como fatores que nos fazem lembrar que nem todo fenômeno da Ciência da Informação está confinado a textos e seus registros, pois há, além deles, "eventos, processos, imagens e objetos..."

No Brasil, especialistas também vêm estudando a questão, entre os quais Gonzalez de Gómez, em artigos como o publicado em 1990, no qual a autora analisa alguns modelos, enfatizando o cognitivista de Belkin e a sua teoria do "estado anômalo do conhecimento", identificando as suas vantagens e restrições e apontando como desafios a "dupla articulação" e a "contextualidade" da informação.

Conforme podemos depreender, informação, na qualidade de objeto da Ciência da Informação permanecerá como fenômeno central da História e Epistemologia da área, nas suas mutações no tempo, espaço e contextos sócio-culturais.

 

Referências bibliográficas

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ENCONTRO CRISMA - 08/03/08 - ESPIRITO SANTO

Encontro do Dia 08/03/2008

 

ü      Oração Inicial: Vinde Espírito Santo

 

ü      Dinâmica Inicial: "Amigo é o que guia e desafia"


Objetivo: Despertar para a importância do que temos na vida, das pessoas que estão ao nosso redor e da confiança que precisa existir na caminhada do grupo.

1. Clarear os passos:
Convidar os participantes a formar duplas, ficando um ao lado do outro. A dupla combina quem será o cego e quem será o guia. O cego fecha livremente seus olhos e é auxiliado pelo guia. O guia, de olhos abertos, dá o seu ombro ou a sua mão e o ajuda. Enquanto isso, os dois devem estar atentos aos sentimentos que experimentam:
- Como cego; o que sente ao ser auxiliado? / Como guia; o que sente enquanto auxiliador?

2. Caminhando:
As duplas (cego e guia) seguem por diversos caminhos, inclusive passando por obstáculos, se o guia assim o quiser. Deixa-se um tempo para que haja a vivência necessária. Depois, o animador da dinâmica orienta para que se mudem os papéis: quem é cego torna-se agora guia e quem guiava, é o cego. E a dinâmica segue por alguns minutos.

3. Partilha:
O animador da dinâmica dá um sinal de parada e as duplas voltam à sala, para partilharem com o grupo a experiência feita: o que sentiram como cegos e como guias? Como isso se aplica à nossa vida e à vida do grupo? E em nossas relações de amizade?

4. Após as conclusões, finalizar com o "Poema do Amigo Aprendiz"
L1 - Quero ser seu amigo... (Quero ser sua amiga...)
L2 - Nem demais e nem de menos. Nem tão longe e nem tão perto. Na medida mais precisa que eu puder.
L1 - Mas amar-te, sem medida. E ficar na tua vida. Da maneira mais discreta que eu souber.
L2 - Sem tirar-te a liberdade. Sem jamais te sufocar. Sem forçar tua vontade.
L1 - Sem falar quando for hora de calar. E sem calar quando for hora de falar.
L2 - Nem ausente e nem presente por demais. Simplesmente, calmamente, ser-te paz...
L1 - É bonito ser amigo... (É bonito ser amiga). Mas, confesso, é tão difícil aprender
L2 - E por isso eu te suplico paciência. Vou encher este teu rosto de lembranças! Dá-me um tempo de acertar nossas distâncias!
T - Quem encontrou um amigo... Tem "o maior tesouro que a vida nos poderia dar...".

ü      Dinâmica de Grupo

Representação do Espírito Santo – a partir de citações bíblicas, cada grupo deverá fazer uma representação (desenho) do Espírito de Deus.

Citações:

Gn 1.2 - "A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e Espírito de Deus pairava sobre as águas."

Is 11.1-2 - "Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor."

Mt 3.16 - "Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus."

Lc 2.25 - "Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele."

Rm 8.11 - "Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dos mortos habita em vós, ele, que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós."

 

Trabalhar a abundância da ação do Espírito Santo sobre a História do povo de Deus, dando a importância devida à versatilidade dessas ações, desde a criação do mundo até a promessa de ressurreição em Cristo.

 

ü      Passagem Bíblica:

- Pentecostes - Atos dos Apóstolos 2

- Crisma e Espírito Santo

- Dons do Espírito

 

 

ü      Dinâmica Final: Sentindo o Espírito Santo

- Participantes: indefinido.

- Tempo Estimado: 15 minutos.

- Material: Balas

- Descrição: O coordenador deve falar um pouco do Espírito Santo para o grupo. Depois o coordenador da dinâmica deve mostrar as balas e perguntar a cada um como ele acha que esta o sabor destas balas.

Obviamente alguns irão discordar a respeito do sabor destas balas, como: acho que está doce, que está azeda, que está suculenta etc.

Após todos terem respondido o coordenador entrega uma bala para cada um comer. Então o coordenador deve repetir a pergunta (como está o sabor desta bala?).

- Mensagem: Só saberemos o sabor do Espírito Santo se provarmos e deixarmos agir em nos.

 

 

 

 



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