sábado, 28 de novembro de 2009

Minhas orações para nossos dias (parte 1 - educação)

Convições. Quem não as tem? Todos em geral tem um repertório deles e que vão transformando durante a vida, com suas experiências, vivências e quando a idade avança. E isso nos molda. A gente briga por elas ou se abstem das discussões. A gente manipula, movimenta, percorre caminhos porque ela nos impele a algo. Mas podemos também nada fazer, aguardando a morte mesmo que muitas vezes tendo saúde e estando bem vivos.
Pensei em registrar então as minhas. Farei isso numa série. Amanhã poderão não ser as memas ou totalmente iguais, mas por favor Senhor, que não sejam, instrumentos da preguiça de viver. Talvez isso seja uma oração. Minhas orações para nossos dias

A motivação para essas reflexões vem do fato de observar as pessoas na rua. Já percebeu quanta gente desiludida tem nesse mundo? Ficam sentadas nas calçadas, na porta de suas casas quase que o dia inteiro. Sinceramente isso me incomoda. Convicções? Quais serão as delas?

Quando penso nessas pessoas me vem a questão: será que elas não tem nada para fazer de mais útil? Absolutamente nada? Nada Mesmo? Ou simplesmente não querem. Suas convicções são suficientes para mantê-las ali, inertes. Mortas-vivas e indiferentes ao que acontece. Nada tenho contra o fato de termos momentos para descansar, bater papo com um amigo, um vizinho, discontrair. Mas todo dia?? o tempo todo??? Não dá!

Feitas minhas considerações iniciais, vamos as reflexões. Falarei com o tempo de dez (10) escolhidas aleatoriamente, mas já adianto que são várias as convicções que me movimentam. Não só essas. A primeira...
1.Educação:
Para mim, educação está diretamente associada a aprender. Obvio para qualquer um não é? No meu entender, não. O que menos as pessoas fazem hoje é aprender. Grande parte das pessoas associam o aprender com as escolas. E simplesmente transferem a responsabilidade para elas e seus professores. Só que a gente não aprende só na escola. Esse espaço é mais um no nosso aprendizado da vida. Talvez seja por isso que haja tanta pessoa mal educada. Porque quando a gente sai da escola a educação deve continuar. Em casa, no trabalho, nos nossos grupos de convivência. Mas parece que a gente só quer aprender se estiver na escola. Que mentira. A escola ensina sim, mas não há hoje consenso sobre o que se deve ensinar nesses espaços.

No fim, os professores repassam de modo tão indiferente o conteúdo que não há o que se aprender com isso. Nâo faz sentido aprender coisas que não farão parte da nossa vida efetivamente. Na escola eu aprendo a me defender de um monte de agressão, a beijar na boca, a liderar, a ser liderado, a estudar e conhecer as coisas... isso eu não esqueço. Mas não me peça para fazer um cálculo trigonométrico que as coisas se compliacam. Bons professores são aqueles que tem vocação, coisa rara no ensino formal de hoje. Que fazem do conteúdo escolar algo tão precioso e próximo dos aprendizes, que conseguem dar sentido ao aprendizado. Eu adoro história geral porque tive a felicidade encontrar bons professores nesse assunto, mas também tive o incentivo e o debate constante em casa.

O que temos agora é uma crise de responsablidade. Um passando a responsabilidade em ensinar para o outro. Numa escala maior, a família joga a responsabilidade do aprendizado para a escola, que retruca dizendo que não tem condições por causa do governo, que rapidamente evita o confronto dizendo que a culpa é da sociedade que não tem parâmetros e o que há na verdade é perseguição política e ideológica e por aí vai. Assim, ninguém aprende nada.

Por outro lado, ninguém deseja muito aprender mesmo. As pessoas têm preguiça. Aliás, preguiça-ignorante. Depois reclamam da própria sorte. Ficam o ano todo sem nenhuma iniiciativa para aprender algo e depois não sabem como não conseguem emprego ou não passam num vestibular. A impressão que dá, é que embora sejamos seres sociais, que precisam estabelecer regras de convivência, estruturas comuns de pensamento e ação, o que todos desejam hoje é chutar o balde! Muita gente tem um discurso bonito em educação mas na prática, não cuida da sua própria. Acostumamos com a corrupção, com a agressividade, entregamo-nos aos prazeres acima de tudo e fazemos disso uma coisa normal. Aí aparecem absurdos do tipo: "Aquele político rouba mas ajuda o povo!" (hannnn???) ou "Eu odeio política!" (Mesmo sem saber direito o que é). Que aprendizado há nisso?

No entanto, embora haja tanto questionamento nas formas de se educar, não há como viver sem educação. Alías, a educação é um propósito divino e um diferencial humano que nos faz espciais. O defeito acontece nas pessoas ignorarem que precisam se educar. Mesmo que eu fosse peregrino em terras estrangeiras. Mesmo que eu fosse um eremita, um solitário para eternidade, mesmo assim deveria me educar. Vivendo em sociedade então, não há possibilidade de sobrevivência sem esse aspecto de nossas vidas.

continua....

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Manual de normalização online

Há um Manual de Normalização, on-line, para trabalhos acadêmicos, disponibilizado em www.eci.ufmg/normalizacao/

Quanto ao Curso oferecido pela FUNDEP, não o fiz, porém, Júnia Lessa é reconhecida nessa área, autora de um livro de Normalização, que é re-editado a cada 2 anos.

Adriano Goulart - Bibliotecário
Blog:
http://adrianoagr.blogspot.com
Twitter: www.twitter.com/adrianoagr

sábado, 14 de novembro de 2009

Apagão no Brasil... e de tudo.

É... apagou mesmo.
As 22:30h do dia 10/11/2009 estava eu em casa e de repente , uma piscada nas luzes. Eu pensei: "lá vem chuva forte ou vento e a luz vai acabar".
Da janela de casa, eu percebi que as luzes da rua haviam acabado mas já voltavam pois estavam com uma intensidade média de luminosidade. Pois bem, a vida continuara....
Mas não há como não fazer uma reflexão: Já pensou o tanto que o ser humano atual é dependente das suas tecnologias mas nada pensa sobre seu futuro ou sua condição? Veja: no momento em que a luz da minha casa piscou, na cidade de Belo Horizonte , Estado de Minas Gerais no Brasil, simultaneamente metade do Brasil parou. A energia sumiu e não foi fornecida para sul e sudesde do país a partir daquele momento. Uma noite no escuro.
Logo um cenário assustador veio a tela da minha televisão, que comodamente funcionava até então. As redes de televisão transmitiam de forma precária a situação em outras capitais do Brasil. Elas tinham geradores emergenciais de energia. São Paulo (20 milhoes de habitantes) e Rio de Janeiro (13 milhoes de habitantes) entre outras, estavam totalmente no escuro. O caos instaurado.
Consegue imaginar os reporteres de grandes emissoras como Rede Globo, Rercord, Band e por aí vai fazendo suas coberturas na rua e lendo as informações com auxílio de lanternas? Em plenas capitais? Isso aconteceu.
As notícias brasileiras nada animadoras começaram a aparecer.
Todos os serviços parados, telefonia parada, hospitais totalmente apagados, estações de metrô e rodoviárias no escuro, transitos caóticos sem semáforos ou qualquer indicação luminosa para orientar. A polícia, os bombeiros sem comunicação e por consequência, bandidos nas ruas aproveitando o momento. A foto do Brasil no satélite no momento do apagão mostra toda uma região completamente no escuro.
Sabe aquela eficiência anunciada nas propagandas das empresas de energia? Aquela idéia de que tudo dá certo , é rápido e potente... Ironicamente, de uma hora para outra "desligou".
As autoridades simplesmente no escuro de informações, não sabiam nem ao menos o que havia acontecido. Gente estava presa nos elevadores, presos em percursos de trens ou em outros lugares, pessoas morrendo nas CTIs e UTIs pois todas as máquinas haviam apagado. E ninguém sabia o por quê.
Na minha casa havia luz. Mas e se não houvesse? Todos, inclusive eu estaríamos no escuro. Escuro total.
O ser humano atual praticamente não sabe viver sem tecnologia. Está entregando sua rotina, seu cotidiano totalmente às máquinas. E não pensa nisso. Internet, Televisão, Automóvel, Energia elétrica ... Será que fazemos algo ainda sem isso? O caos sem guerra é perfeitamente possível e isso assusta. Basta uma interrupção de qualquer uma dessas tecnologias e entramos em colapso. Sinal amarelo .
Façamos um exame de consciência para buscar em nossas capacidades aquilo que somos. Nâo em nossa tecnologia simplesmente. Que aliás, nem é tão nossa. O que temos é uma necessidade criada pela publicidade e o sistema econômico que vivemos. Ela é boa, mas arriscada. Profundamente. E nosso sistema de consumo e de vida tem um caminho um pouco sombrio se continuarmos dessa forma. O do apagão. De tudo.
Adriano Goulart