segunda-feira, 23 de março de 2009

ARTIGOS SOBRE BIBLIOTECONOMIA


O bibliotecário e a era do conhecimento Artigo de Vera Stefanov e Levi Bucalem Ferrari
"Hoje, no Dia do Bibliotecário, esse profissional clama pelo reconhecimento social que, todavia, ainda não lhe faz justiça plena aqui no Brasil"
Vera Lucia Stefanov, bibliotecária documentalista, é presidente do Sindicato dos Bibliotecários do Estado de São Paulo (SinBiesp). Levi Bucalem Ferrari, cientista político, é presidente da União Brasileira de Escritores (UBE). Artigo publicado na "Folha de SP": TEXTO COMPLETO DISPONÍVEL EM: http://www.crb6.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=903&Itemid=1     Marcus Tavares: E o bibliotecário? Jornalista, professor e especialista em mídia e educação
Rio - Foi comemorado, na quinta-feira passada, o Dia do Bibli otecário, aquele profissional que, geralmente, quase toda criança ou jovem conhece. Aquele profissional da biblioteca da escola que está pronto para auxiliar qualquer pessoa na busca de informações, na produção de reflexões, na realização de pesquisas. TEXTO COMPLETO DISPONÍVEL EM: http://www.crb6.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=912&Itemid=1     CE recebe sugestões para aperfeiçoamento de bibliotecas A presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Rodrigues, apresentou nesta terça-feira (17) à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) o Projeto Mobilizador Biblioteca Escolar: Construção de uma Rede de Informações para o Ensino Público. As sugestões, recebidas pelo presidente da comissão, senador Flávio Arns (PT-PR), visam fortalecer as bibliotecas, integrando-as a pro gramas político-pedagógicos. O anteprojeto do conselho também tem por objetivo tornar essas bibliotecas espaços de convivência que favoreçam a formação de leitores - o que Nêmora Rodrigues considera fundamental, por se tratar da "base da cidadania". TEXTO COMPLETO DISPONÍVEL EM:  http://www.crb6.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=911&Itemid=1     Mais 74 instituições passam a ter acesso ao Portal de Periódicos da Capes A Capes ampliou nesta quarta-feira, dia 18, o acesso gratuito, por meio do Portal de Periódicos, às bases de dados "Scopus" e "Science Direct" para mais 74 instituições de ensino superior, públicas e privadas
Com a ampliação, a Capes pretende estender o acesso a essas bases a todas as instituições participantes do Portal de Periódicos. As duas plataformas trazem in formações de grande relevância para a comunidade científica internacional. TEXTO COMPLETO DISPONÍVEL EM: http://www.crb6.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=916&Itemid=1

segunda-feira, 16 de março de 2009

LIVRO CLIP - DIA DO BIBLIOTECÁRIO




FONTE:http://www.livroclip.com.br/?acao=hotsite&cod=175

O BIBLIOTECÁRIO E A ERA DO CONHECIMENTO


Artigo que saiu ontem na Folha de S. Paulo, no Caderno Brasil, pag. A3.
É uma reflexão muito interessante e muito realista também.


O bibliotecário e a era do conhecimento


As civilizações têm como marco inicial a palavra escrita, testemunho mais
eloquente de qualquer cultura. Na Antiguidade, bibliotecas foram símbolo
do prestígio das cidades que as abrigavam. Zelar por elas era tarefa das
mais importantes, atribuída a um segmento nobiliárquico competente.

Ainda não se distinguiam os papéis do escriba e os do bibliotecário, como
os entendemos hoje, mas o fato é que esses profissionais gozavam de
prestígio e respondiam diretamente ao soberano.

A partir da invenção da prensa móvel por Gutenberg, aumenta o número de
exemplares por livro e surgem os jornais, os fascículos, as revistas.
Logo, as bibliotecas demandaram profissionais especializados, na moderna< br />figura do bibliotecário -que desenvolveram sistemas mais eficazes de
catalogação, disposição, conservação etc.

No Brasil, esse marco foi estabelecido pelo engenheiro, bibliotecário,
escritor e poeta Manuel Bastos Tigre. A importância de sua contribuição é
reconhecida também pela legislação, que apontou a data de seu nascimento
-12 de março- como o Dia do Bibliotecário no Brasil.

Em 1906, Bastos Tigre viajou para os Estados Unidos, onde conheceu Melvil
Dewey, que já havia instituído o sistema de classificação decimal. A
partir de 1945, trabalhou na Biblioteca Nacional e, depois, assumiu a
direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil.

Fiéis ao espírito pioneiro de seu patrono e aos inúmeros serviços que
prestou ao país e ao livro, bibliotecários brasileiros clamam pelo
reconhecimento social que, todavia, ainda não lhes faz justiça plena. De
fato, pr edomina, entre nós, muito amadorismo na questão. Enquanto o
bibliotecário é visto como luxo dispensável, não raro outros profissionais
são chamados para quebrar o galho, comprometendo a conservação de acervos
importantes, sua disposição racional e sua acessibilidade.

Nas escolas a situação é de calamidade pública. Muitas nem sequer possuem
bibliotecas. Não raro, é algum professor que se encarrega de organizar o
acervo. Em outras, os livros se atulham sob escadas, corredores ou salas
inadequadas. O impacto é extremamente negativo na formação dos alunos. Na
idade em que a leitura precisa ser valorizada para que seu hábito se
cristalize, o estudante vê livros tratados como entulho. Nada o convencerá
mais tarde do contrário: o livro permanecerá entulho, e sua leitura, um
ato despido de sentido.

Quanto ao ensino superior, as informações não são melhores. Boa parte dos
grandes complexos educacionais privados costuma adquirir muitos livros.
Mas, quantos? Uma centena de exemplares pode impressionar o leigo, mas
está longe da suficiência se o número de alunos por curso passa da casa do
milhar. Se isso é válido para uma política hipócrita em relação ao livro,
imaginemos as proporções bibliotecário/usuário nessas instituições. Seu
número é quase sempre insuficiente, como são precárias suas condições de
trabalho.

No momento em que governo e sociedade no Brasil se dão conta de nossos
vergonhosos níveis de leitura e se mobilizam para superá-los por meio de
programas de incentivo, não é mais possível aceitarmos esses descalabros.
É o momento de convocar o bibliotecário para -ao lado do educador, do
escritor, do editor e de outros- traçar os rumos de uma política eficaz e
duradoura para os livros e para as bibliotecas.

Entre os novos desafios, o maio r vem da tecnologia da informação, que
cresce exponencialmente. Ajudar o pesquisador, o profissional e o cidadão
a pinçar, entre uma infinidade de informações, aquelas que realmente lhe
interessam e que são confiáveis é apenas a ponta do iceberg. De fato, a
possibilidade de acesso mais democrático à informação, à literatura e à
cultura em geral não permitirá que o bibliotecário se aliene em relação a
desafios que trazem em seu bojo a histórica oportunidade de aliança entre
cultura e consciência crítica, entre informação e emancipação.

Inicialmente, ele terá de interagir em equipes multidisciplinares, em
processos de mútuo aprendizado. Aos poucos, sua formação específica haverá
de impor-se como peça-chave de funções socialmente tão relevantes. O
bibliotecário se mostrará, assim, indispensável. Quando isso ocorrer, a
forma como esse profissional for tratado por empregador es de quaisquer
tipos, pela sociedade e pelo legislador representará indicador do grau de
civilização que poderemos projetar para nós mesmos.

Autores: VERA LUCIA STEFANOV, 56, bibliotecária documentalista, é
presidente do SinBiesp (Sindicato dos Bibliotecários do Estado de São
Paulo).

LEVI BUCALEM FERRARI, 63, cientista político, é presidente da UBE (União
Brasileira de Escritores). Publicado em Debates do jornal Folha de
S.Paulo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

BIBLIOTECÁRIO, PROFISSIONAL DA INFORMAÇÃO

Bibliotecário, profissional da informação

O Bibliotecário, cujo dia se comemora em 12 de março, é um profissional liberal que trata a informação e a torna acessível ao usuário final. Em uma sociedade em que a informação possui imenso valor, o bibliotecário assume papel fundamental, seja nas tradicionais bibliotecas ou em diversos outros ambientes físicos ou virtuais, como centros de documentação e a Internet. Sua presença é indispensável para oferecer as informações adequadas, de forma rápida e precisa.

O mercado de trabalho é, pois, cada vez mais vasto, incluindo desde as tradicionais tarefas de tratamento da informação à manutenção das bibliotecas digitais.

Por suas atribuições, o Bibliotecário é, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), um Profissional da Informação, como também o são arquivistas e museólogos. O exercício desta ocupação requer bacharelado em Biblioteconomia.

A Biblioteconomia é uma das poucas profissões regulamentadas no país. Como lembra a ex-presidente do CRB-6, professora Sônia Miranda de Oliveira, "existem mais de 2.500 profissões, 80 das quais reconhecidas. Destas, apenas 28 têm conselhos que garantem seu exercício legal no Brasil. Essas 28 profissões somam, atualmente, mais de 7 milhões de trabalhadores no país."

A valorização do profissional Bibliotecário passa, não apenas pela divulgação de suas atribuições, de modo a torná-lo mais conhecido da sociedade, mas também pelo fortalecimento da profissão e difusão de sua importância. Além de destacar a função específica do Bibliotecário no trato da informação, em qualquer suporte em que esteja, é fundamental lutar pelo exercício consciente da profissão e fortalecer as entidades representativas da Biblioteconomia.

Fonte: CRB6 - Boletim Informartivo