Torcida do Cruzeiro vai da euforia às lágrimasJáder Rezende e Leonardo França
Assim que a derrota do Cruzeiro para o Estudiantes foi sacramentada, as ruas de Belo Horizonte foram tomadas por atleticanos empunhando a bandeira do Galo, enquanto os cruzeiro retornavam para casa, desolados e revoltados. Os bares que estavam coloridos de azul e com festa preparada foram sendo esvaziados, rapidamente.
Embalados pela expectativa do tricampeonato, os cruzeirenses comemoraram enquanto puderam. O clima de festa pré-jogo, que continuou durante a partida, com o gol do volante Henrique, terminou em decepção nos bares da Savassi, após o apito final. No Cruzeiro Sport Bar, os torcedores foram dos gritos de euforia aos prantos. Pedro de Almeida Santos,17 anos, que prometia festa durante a madrugada e toda quinta-feira teve que interromper seus planos. Situação semelhante viveu o casal Cristiane Costa e Josimar Lindeais, indignados com a derrota. Ela chorava muito e ele afirmava que faltou brio ao time azul. “O Cruzeiro não foi Cruzeiro”, disse ele. Na saída do bar, alguns torcedores do próprio Cruzeiro se desentenderam. Garrafas e latas de cerveja foram lançadas nos carros que passavam em frente ao local.
Na mais badalada casa argentina de BH, Pizza Sur, que ironicamente fica no Bairro Cruzeiro, se transformou em reduto de atleticanos, misturados aos argentinos. Aos 78 anos, o aposentado argentino Rafael Roman se destacava. Diplomático, elogiou a atuação dos dois times. “São equipes dignas de Copa do Mundo”, disse. Mas aproveitou a deixa para provocar a torcida adversária. “Nossa energia é muito superior”, alfinetou.
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